sexta-feira, 13 de junho de 2014

Milagres.

Acredito em Deus. Acredito em milagres.
Muitas vezes dizemos: eu nunca vi um cego enxergar, um paralítico andar ou um morto ressuscitar. Esse fato cria uma pontinha de frustração, que muitas vezes não admitimos.Mas se pararmos para observar, os milagres nos acompanham o tempo todo. De todos os tamanhos, mas os pequenos são os mais interessantes, pois são eles que alimentam nossa fé e esperança.Muitas vezes pedimos algo com muita intensidade, com urgência e quando alcançamos ignoramos que é a resposta ao nosso pedido. Ignoramos que fomos atendidos e que um pequeno milagre nos aconteceu. Estar vivo é um grande milagre, estar com saúde, ter um trabalho, uma moradia, não ficar maluco nesse mundo louco é um verdadeiro milagre. Jesus ensinou que podemos pedir, para que a nossa alegria seja completa. Pedir e esperar. Milagres realmente acontecem. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

A Cabana

Terminei de ler o livro A Cabana. Resisti muito, não queria ler, não me interessava. No dia Dia das Mães pedi ao meu filho esse livro de presente. Gostei muito, não 100%, mas gostei particularmente desse livro.
Fui tocada várias vezes, não só emocionalmente, mas também espiritualmente. Acho que esse era o objetivo do escritor, e ele alcançou com louvor, pelo menos no meu caso. Mexer com os leitores não é tarefa fácil.
 O que mais me tocou eu já escrevi na postagem anterior. Foi justamente o fato de perceber minha dificuldade em me relacionar com um Deus Pai, pelo fato de nunca ter tido um bom relacionamento com meu pai biológico. 
É muito interessante pensar na Trindade de uma forma bem-humorada, acessível, disponível. É desse jeito que o livro apresenta a Trindade. Uma Trindade apaixonada pelo Homem, pela criação! Não consigo expressar todo o amor que esse livro transmite. Só consigo sentir. É isso é maravilhoso. Amor incondicional, amor intenso, amor imenso, amor sem fim. Quero muito esse Amor, preciso dele. Se sentir amada faz toda a diferença. Valeu a pena ter lido

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Deus pai, Deus mãe, Deus tio?

Estou lendo A Cabana. No início não vi nada demais, apenas uma história triste. Mas agora cheguei em um momento do livro bem profundo, aliás, muito profundo. 
Estive pensando sobre meu relacionamento com Deus. Hoje está completamente avacalhado. Não foi sempre assim. Foi pior!E melhor também, é claro. Ele sempre foi para mim um pai, sim, um pai distante, bravo, exigente, punitivo, quase carrasco. Que triste essa constatação, mas é a mais pura verdade. Sempre que eu pensava nEle como paí, não conseguia me sentir a vontade. Hoje estive pensando e procurando uma explicação para esse incomodo. É simples: nunca tive um pai. Não sou filha de chocadeira, tive um pai biológico que me amou a maneira dele. Confesso que esse amor nunca foi o suficiente para mim, me parecia forçado e superficial. Meu outro exemplo de pai foi o meu avô. Eu tinha um medo enorme dele. Colocaram esse medo em mim, infelizmente. Eu nunca consegui ficar a vontade diante dele. Era ele quem eu chamava de pai. Bravo, ríspido, incapaz de demonstrar afeto ou de fazer um carinho. Esses dois são o meu exemplo de pai. Tinham lá suas qualidades, com certeza, mas nunca me deram o que eu mais precisava: amor. Os dois já se foram e agradeço a Deus por eles, cada um me deu o que tinham para dar. Então para mim é quase impossível imaginar um Deus Pai carinhoso, afetuoso, paciente, amoroso e interessado em mim. Então me lembrei de algo muito interessante, eu tive um tio. Sim, um grande tio. Que morreu cedo demais, só convivemos durante 7 anos. Meu tio Roberto me deu todo o carinho que eu precisava. Me ninava, mimava,protegia, me amava. Meu maior exemplo de amor veio de um tio, irmão de minha mãe. Minha mãe também é o meu grande exemplo de amor e simplicidade. Com ela eu aprendi o que é amor incondicional. Ela me amava assim. Não importava o que eu fizesse, ela me amava. Eu sei bem que Deus é espírito e que espíritos não possuem sexo, portanto posso imaginar um Deus com o amor, a paciência, a ternura e o cuidado de minha mãe e meu tio. Assim fico mais a vontade e quem sabe crio coragem para organizar essa bagunça que virou nosso relacionamento e me apresso a voltar para seu colo. Estou sentindo muita falta desse amor incondicional. Desse jeito. 

domingo, 18 de maio de 2014

A vendedora de consórcios.

Eu tenho uma grande e valiosa amiga.
Nos conhecemos há bastante tempo, frequentamos a mesma igreja e trabalhamos na mesma empresa.
Por um tempo a vida se encarregou de nos afastar. Ela se casou, mudou do bairro, mudou de trabalho e também de igreja. Eu também segui meu caminho. Mas a amizade nunca deixou de existir e sempre foi sincera.
Eu a considero uma mulher admirável. Fiel em sua crença e fé, esposa apaixonada, mãe dedicada e cristã fervorosa. Ela vendeu consórcios por muito tempo. E uma das características de quem é vendedor é a instância. Eles não desistem nunca, enquanto não alcançam seus objetivos eles continuam e continuam insistindo. Faz tempo que não vou a igreja, na verdade desanimei. Então eu a encontrei. Hoje ela voltou a frequentar nossa antiga igreja e nesse nosso encontro ela me convidou para ir a uma reunião de sua célula onde ela é a líder. O convite foi tão incisivo, tão firme, sincero e verdadeiro, que eu acabei indo. Em uma quinta-feira, morta de cansada, com uma casa inteira para organizar, eu fui. E gostei imensamente. Estava precisando de oração. Alguns problemas no trabalho estavam me deixando exausta. Ela e as meninas da célula oraram por mim e confesso que saí de lá aliviada. Que bom que essa vendedora de consórcio não desistiu de mim e de nossa amizade. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Uma oração pelas pessoas humildes e sinceras.

Demorei a aparecer por aqui. Me propus a escrever nesse blog sempre que me sentisse tocada de alguma forma por Deus. Todos os dias somos tocados de alguma forma. Só é preciso estar sintonizado, com o botão da sensibilidade espiritual ligado. Várias vezes eu abro a página de postagem desse blog e torno a fechar. Quero escrever coisas simples, especiais e verdadeiras. Não qualquer coisa, só para dizer que postei. Não é essa a minha intenção.
 Desde a semana passada eu tenho pensado muito em uma coisa. Na verdade eu deveria fazer a postagem desse comentário no blog Sentada Na Calçada, é lá que eu escrevo o que observo no dia a dia. Mas estou aqui, então vamos lá.
Como ser justo sem ser cruel? Parece estranho essa pergunta? Vou explicar. Trabalho no ramo imobiliário, vejo de tudo. Gente muito, muito rica que são geralmente os proprietários e gente, rica, classe média, pobre e muito pobre, geralmente os inquilinos. Quando os aluguéis estão atrasados os proprietários ficam preocupados, e nós, a imobiliária temos que tomar nossas providências. Avisos, telefonemas, cartas de notificação com AR, multas, ligações para os fiadores, até chegar no envio para o advogado e a temida ação de despejo.
 É o meu trabalho e eu gosto do que faço, mas confesso que fico em uma corda bamba. De um lado o proprietário que tem o direito de receber os aluguéis de seu imóvel. Do outro o inquilino que tem a obrigação de pagar seus aluguéis em dia. Justíssimo.
Mas hoje quando eu vi um deficiente físico, que veio de muito longe com suas muletas e um forte cheiro de álcool, implorando para não ser despejado, não consegui segurar as lágrimas. 
Uma oração ao Nosso Deus: Tenha misericórdia de todos que precisam de um lugar para morar e não possuem imóvel e  muito menos condições de pagar aluguel. Olhe pelos proprietários para que não abusem na hora dos reajustes. Olhe por todos os desempregados, por todos os que precisam pagar aluguel para que consigam honrar com suas obrigações. Olhe por minha gente,Senhor.Como dia a música ' é gente humilde, que vontade de chorar'. Olhe por nós. Amém.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Paixão de Cristo

Eu cresci em uma família católica. Já disse isso em outra postagem.

Aprendi coisas simples sobre Deus com minha mãe e avó. Elas me ensinaram sobre fé, oração e rituais católicos. Quando eu era pequena o período da Quaresma era guardado com mais seriedade e respeito do que hoje. Fé é uma coisa muito complexa. Percebo que quanto mais simples a pessoa é, mais firme é a sua fé em Deus e em seu amor. O Domingo de Ramos era, ou melhor, ainda é a abertura da semana Santa. Os católicos relembram a entrada de Jesus em Jerusalém. É interessante pensar o seguinte, os mesmos que receberam Jesus com 'mantos e palmas' foram também os que o apedrejaram e gritaram que queriam que ele fosse crucificado. Minha mãe e avó levavam para a igreja ramos e galhos das plantas do quintal para serem abençoados durante a cerimônia. Quando chovia muito forte, minha mãe que morria de medo de chuva, queimava esses ramos que com o tempo iam secando, ela cria firmemente que a fumaça do ramo santo abrandaria a chuva. Na sexta-feira da Paixão íamos à igreja, e saíamos em procissão pelo bairro, com velas e orações. Era um acontecimento. As ruas eram enfeitadas, para dizer a verdade nãos ei se ainda são. Eu mesma enfeitei várias vezes minha rua, com desenhos, flores e serragem. Com o tempo eu percebo que essa prática vai diminuindo consideravelmente, pelo menos aqui em meu bairro.Eu sempre me emocionei com essa comemoração. Lembrar a paixão de Jesus, todo o seu sofrimento me deixava muito emocionada, eu chorava sempre que via o cortejo passar. Por que estou escrevendo sobre isso?
Porque tenho percebido que só os católicos se preocupam em relembrar essa passagem tão importante para os cristãos. Os evangélicos, a maioria, critica essa prática, lembrando sempre que Jesus ressuscitou. E que está vivo. É um fato inegável. Hoje fiquei pensando nas práticas judaicas. Eles, os judeus, comemoram suas passagens importantes com rituais milenares. Vale a pena conferir. http://www.pt.chabad.org/holidays/default_cdo/jewish/holidays.htm.
Eu penso que algumas celebrações são importantes para que a memória se renove. Não é uma questão de viver preso ao passado mas de trazer à memória aquilo que dá esperança, como diz a Palavra de Deus. Amém. Feliz Páscoa.

terça-feira, 15 de abril de 2014

A alegria vem pela manhã.


O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.


 Meu avô era um homem muito simples e austero. Ele costumava dizer: vai chorar na cama que é lugar quente. Realmente, lugar quentinho, macio e reservado, se você dorme sozinha. Às vezes queremos expor nossa tristeza só para o travesseiro. O bom é saber que Deus sempre está por perto. Consolador também é o Seu nome. E o amanhecer sempre traz esperança, renovo e respostas. O que não podemos mudar é preciso aceitar. E ao aceitar que Deus sabe e tem o melhor para nós traz  a paz e com ela a alegria.